Reconstrução de arquétipos para a mídia televisiva

          A conjuntura midiática brasileira configura-se em um oligopólio que atualmente enraiza seus alicerces em espectros de controle aliados ao governo. Embora não seja categorizado como um modelo repressor que censura ativamente – como na Ásia e no Oriente Médio, a mídia televisiva do Brasil, apesar de ativa, sofre grande pressão para contar histórias de acordo com o governo, resultando em um modelo de imprensa fragmentário, iníquo e tóxico. Eis a importância da regulamentação da mídia, artifício que visa normatizar este núcleo midiático, a fim de democratizá-lo de forma isonômica e equitária.
          De acordo com o artigo 54 da Constituição Federal, parlamentares não podem ser donos de concessionárias de serviço público, conquanto isto não seja referente a realidade atual. O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) onde afirma que há a violação de 11 artigos constitucionais no escopo midiático televisivo. Ademais, a relação de poder com o eixo de imprensa foi motivo de protesto, representado por um movimento que critica o coronelismo midiático televisivo, chamado “Fora Coronéis da Mídia”. A campanha criou uma lista com os principais políticos do Brasil detentores de emissoras televisivas e radiofônicas, cujos principais partidos envolvidos são PSDB, PMDB e DEM. Esta difusão de informações revestidas de juízos de valor unilaterais arrebatam a audiência com carência de outros meios informativos, de modo a coibi-los, imperceptivelmente, a tomarem posicionamentos embargados de influência política partidária: em vez de servir como ferramenta de entretenimento e informação, transforma seu público-alvo em ferramenta de auxílio para suas manobras.

          A regulamentação da mídia na esfera televisiva, perante os conflitos atuais embargados em dissidências e tabus, se aplicada objetivando a multiplicidade de vozes no espaço público, é uma ferramenta que auxiliará na proteção da ética do país, caso esteja aliada a uma liberdade de expressão que não seja abusiva e a um sistema de auto-regulação voluntária sem interferência de políticos, Estado ou governo, sendo assim um comitê independente que garanta que não haja uma empresa com monopólio de várias indústrias. Tal modelo midiático é abarcado no arquétipo de imprensa - entre eles o televisivo - da Suécia, e também é indicado e positivamente reforçado pela ONU (Organização das Nações Unidas).

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