Organograma Inicial de um Prolífico, Porém Distante Artigo de Políticas Afirmativas Interseccionais entre Psicologia e Direito

>> Olhar geral sobre a inclinação ortodoxa que embasa os primórdios da criação do sistema jurídico e as leis consticionais
que visam priorizar benefícios de uma hegemonia dominante - desde a predisposição ideológica de condenação, dominância e
submissão, elementos presentes na difusão e naturalização de instituições como presídios, que propagam a lógica excludente
do isolamento, ao invés da reabilitação gradual do indivíduo perante a sociedade, viabilizando recortes de núcleos
sociais e psicodinâmicos de reintegração social.

(Queria colocar algumas referências históricas aqui sobre a criação cultural da loucura, a questão sócio-antropológica de
que algumas vidas valem mais que outras, desde comportamentos presentes em contextos de guerras, kamikazes, abuso de poder
policial abraçado pela tríade das alçadas jurídica, executiva e legislativa, até o quarto poder, representado pela
massificação de comportamento reproduzido de acordo com a influência midiática e seu monopólio espúrdio de burguesia
institucionalizada presente desde o caráter exploratório e discriminatório da colonização do país antes hoje estabelecido
como Brasil, porém denominado como Pindorama pelos indígenas nativos do local)
(Na real queria inserir várias referências de cunho social, antropológico e midiático, e como isso é um processo
interseccional que permeia com primazia o setor judiciário e suas conseqüências em núcleos sociais segregados e privados
da acessibilidade de informação sobre seus direitos, o que já acarreta em um débito da sociedade com toda a vulnerabilidade
gerada por meios egocêntricos *desde as limitações de caráter inclusivo até em ocorridos históricos como o iluminismo até
o renascimento, que, por mais revolucionários, são excludentes e de etiologia extremamente egocêntrica - daí abre-se
espaço para questões de como a psicologia naturaliza o egocentrismo humano desde as teorias de fases que priorizam
funcionalidade operatória e impositiva (Piaget) e escorrega no subterfúgio de evolução em vários prismas, desde o
cientificismo até a aprimoração da tecnologia, mas da involução no pensar autônomo de que o egocentrismo
deve ser banalizado, acarretando uma interdisciplinaridade de inequidades refletidas em estigmas psíquicos carregados
pelos que têm circunstâncias favoráveis que permitam sua resistência, centrando-se num estágio inicial de suprir
necessidades básicas como segurança no cotidiano, enquanto a manutenção do privilégio dos que estão no topo de uma hierarquia
capitalista piramidal pode ser dedicado à arte, ao lazer, e a outros fatores que permitem liberdade e opção
(adaptação da teoria de Maslow)*)

~~outros pontos que poderiam ser interessantes de interseccionalizar:

>>visão incapacitante de pessoas neurodivergentes dentro do campo do direito, e obviamente, enraizada em discursos
patologizantes provindos de estudos homogêneos e amplamente difundidos e aceitos dentro da psicologia

>>Superestimação predominantemente voltada para o cientificismo restrito (semelhança com sistema de crença religioso e
alienante, mais digno de ser patologizado do que a conceituação genética e depreciativa de patologização),
e não há uma junção que integre as confluências do conhecimento empírico (experiência e observação),
conhecimento racional (análise lógica), conhecimento popular e sua difusão (há um predominante desmerecimento de
fontes de conhecimento gratuitas, difundidas, auto-gestionadas e de fácil acesso, como por exemplo a wikipédia). Confabular
sobre como estas alienações e fundamentalismos teóricos, políticos e ideológicos obstruem a formação de um sistema social
pautado numa horizontalidade que consiga englobar e unificar as divergentes tribos, suprindo suas necessidades
psicológicas e direitos constitucionais.

>>Pequeno exemplo prático de um estudante ser negligenciado pelo seu educando ao questionar o material apresentado. O diálogo
é barrado pela justificativa de que há evidência e embasamento científico no conteúdo. Em contraponto pode-se dizer que nem
todo material exposto é coerente e, novamente, condizente com as necessidades do público-alvo segregado. O documentário
Ilha das Flores, produzido e difundido com seus respectivos respaldos teóricos e ideológicos, teve efeitos hecatômbicos
para a população local, que, sob um falso véu de auxílio que lhes foi prometido, acarretou na nódoa da imagem da população,
que foi deslegitimada e ridicularizada pelas condições precárias de vulnerabilidade sócio-econômica - que, claramente, egloba
a deterioriração de outras faculdades mentais e dinâmicas de pessoas utilizadas como alvo para entretenimento
(também há a questão de programas produzidos por uma elite, que desmerecerem pessoas pobres e periféricas, ridicularizadas em
"pegadinhas" também trivializadas e retrocíclicas quando assistidas por um núcleo da própria população periférica que tem acesso
limitado ao mínimo da tecnologia, e assistem ao programas, reforçando a idealização deste comportamento como um leve gracejo jocoso.

>>A dificuldade histórica das minorias na ocupação de espaços que representam modelos sociais privilegiados
(pegando uma minoria específica como exemplo prático, a extrema dificuldade de uma pessoa trans encontrar
um psicólogo ou advogado cisgênero instruído sobre seus direitos, suas premências e urgências
sociais, e este sistema que mantém pessoas cisgêneras em posição hierárquica superior de decidir e atuar sobre as pessoas trans,
enquanto há carência de pessoas trans atuando nestes próprios ramos profissionais, pois são expurgadas e condenadas de forma
pré-concebida), o que dificulta que haja a existência de profissionais conscientes e dispostos para dissipar preciosismos
academicistas e de fato agir na experiência e vivência concreta da pessoa/paciente/cliente
(pensei que poderia dar uma aprofundada na etimologia e semântica dessas terminologias e o impacto social que elas também causam)

>>Aprofundar em terminologias como "tolerância" que agregam valor estrutural a uma demanda que não representa aceitação, mas
uma forma sutil de fascismo com aquilo que é diverso, o que se tenta tanto esconder por meio do discurso de que
"somos todos iguais"

>>Meu questionamento individual de que maiorias tendem a se corromper e unificar conceitos discriminatórios para dar
continuidade ao próprio poder, em detrimento da desigualdade (acho que era o único ponto em que Freud acertou na Psicanálise
foi a obsessão humana em fatores que chocam, como violência, sexualidade e poder, mas que foi também um discurso embotado
por uma justificativa que se retroalimenta - a coisa continua assim, a coisa é assim porque é assim, e isso contribui
pro calejamento ideológico encrustrado do egocentrismo e da maldade humana como fatores que não puderam ser trabalhados,
o que também engloba questão de "instinto" ao aceitar situações sociais de abuso e na trivialização destes modelos
comportamentais)

>>Inclinação pré-concebida em defender o agressor e culpabilizar a vítima (eis aqui meu mais amado excerto de Bertold
Brecht "Não confunda a reção do oprimido com a violência do opressor" posso estar equivocado aliás, mas creio que era uma
frase do Brecht, ou ele escreveu algo muito semelhante, e talvez a frase seja uma construção popular)

>>A mecanização da psicologia cognitivista ao falhar na construção de uma analogia do ser humano a uma máquina
(analogia que é fruto dos adventos tecnológicos referentes à época), uma idéia que também é difundida, aceita e reproduzida de forma
pré-concebida, padronizando funcionamentos, estabelecendo "curvas", conceitos e limites de "capacidades", equiparadas a softwares,
uma metáfora que bate com prego no psíquico da vida real de pessoas deficientes que são pegas por estes discursos incapacitantes
e distribuidos, genericamente, de maneira uniforme dentro do campo do direito e suas visões referentes às pessoas neurodivergentes
(nomenclatura inclusiva de uma nova corrente psicológica postulada e auto-gestionada por pessoas neuroaítpicas/neurodivergentes,
que renega por base o paradigma da patologização, entrando no paragidma da neurodiversidade)

****Frases reconhecidas por expoentes e intelectuais de diversas esferas acadêmicas, sociais, e dinâmicas para o
empoderamento, inclusão e reresentatividade de minorias:


“O oprimido reproduz a lógica do opressor” Hegel

“Neutro é o que já se decidiu pelo mais forte” Max Weber

“Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem” Bertold Brecht

“A liberdade jamais será dada voluntariamente pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido” Martin Luther King

"Ao final, lembraremos não das palavras de nossos inimigos, mas do silêncio de nossos amigos" Martin Luther King

"O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos" Simone de Beauvoir

“A arma mais poderosa do opressor é a mente do oprimido” Steve Biko

"Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor" Desmond Tutu

"Você não está sendo oprimido quando outro grupo ganha os direitos que você sempre teve" (via Grrrl Power)

“Omitir ou negar a verdade é uma forma sutil de mentir em prol de interesses que não se quer admitir” Di Castilho


(Pensei que uma linha argumentativa mutidisciplinar pudesse reforçar a idéia central que você me apresentou, que são as
políticas afirmativas, suas ausências, necessidades, danos, e contextualizações, mas eu fui muito loko em tudo e
mais descentralizei do que qualquer coisa. Falta-me muito a capacidade de junção de conteúdo e coesão ao convergir diversos tópicos)



**referências breves (não que eu seja passível de concordância com todas, mas eu extraio o que acredito que me agrega de
cada material, embora admita que algumas coisas eu, individualmente, admiro e aprovo em totalidade):

https://www.amazon.com/Critical-Race-Realism-Intersections-Psychology/dp/159558482X

http://dialogosantropologicos.blogspot.com.br/2013/06/resenha-outsiders-estudos-de-sociologia.html

https://www.psychologytoday.com/blog/the-jurys-trials/201202/what-we-can-learn-twelve-angry-men

http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/viewFile/1500/1721

MICHEL FOUCAULT E A “HISTÓRIA DA LOUCURA”: 50 ANOS TRANSFORMANDO A HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

http://historiadomundo.uol.com.br/curiosidades/nomes-do-brasil.htm

https://www.amazon.com/Real-Experts-Readings-Autistic-Children-ebook/dp/B0172UB1GM

>>Jean Piaget, Abraham Maslow (expoentes dentro da corrente da Psicologia Cognitivista)

>> Robert J. Sternberg - Psicologia Cognitiva (livro)

http://neurocosmopolitanism.com/neurodiversity-some-basic-terms-definitions/

http://neuro-microaggressions.tumblr.com/about

http://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/frases-e-poemas-para-alem-da-omissao

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