My feelings are abstract (2011, o famoso poema do Kai)
In a dismal moment of inertia, in the sedimentation of surfaces overlaped in watercolor shades, lies an indolent atomic particle which fades once again in a daily and ephemeral, smooth sunset, only present and meant to disappear, submerge, be swallowed by an adamant horizon ornated by ectoplasmotic nuances; a transitory spasmodic peace svelte in cottony sleek hues of spring pale green, turquoise spectra, purple and flax, delicatedly flowing torrents of gloomy spearmint, azure indigo, soot, emerald, cyan and frosted apricot tints of interpositions.
Hovering upon the rarefied atmosphere, aureate stratum misty by unforeseen time sparks, a shimmering and flickering flashback conveyer, in an unmistakable sullen texture pattern;
Fluctuate to distant galaxies, supernovas, would you be, embodiment of my emotional reflexion, now in Sirius or in the Cat’s Eye nebula?
In remote fluorescent paintings, occluded and stained by the thick past suppuration of mine, portraits unbuttoning ethereal doors, condescending and transient;
Just, contain this exhilarant effluvium; just, release, loosen, extinguish, eradicate the putrid and dense liquid, semi-solid, ambidextrous to transcribe catastrophes and annihilate just like a simple thought;
Wake, wake up and see, beyond an innocuous and uncouncious subterfuge, the urge for an emotive filling that fades in the sweet haze, protrudes in the sinuous roots that links unnecessary and lost connections, and the imaginary bonds, nevertheless too tangible.
Simply, a compliant transposition, the frivolous amperage of illicit blueprints, distorted in their majesty, vanishing little by little, as well as a candelabrum flame, blazing though languid, trembling in a last deadly breath, subverted by a belligerent yet peaceful black loophole, in the taciturn immensity of one more non-existent dawn;
Why, then, rasping acrimony droplets, you paint the sky with your insurgent leniency, you dance in musical chords of unparalleled melodic symphony, alone for a prosaic spectacle of another terminal cycle to be thoroughly observed by a juxtaposed pair of lachrymose eyes?...
The original thing:
NA INÉRCIA DE UM MOMENTO LÚGUBRE, NA SEDIMENTAÇÃO DE SUPERFÍCIES SOBREPOSTAS EM TONS AQUARELA, JAZ UMA PARTÍCULA ATÔMICA INDOLENTE QUE ESMORECE EM MAIS UM DIÁRIO E EFÊMERO, SERENO PÔR-DO-SOL, APENAS PRESENTE PARA DESAPARECER, SUBMERGIR, SER ENGOLIDO POR UM HORIZONTE INFLEXÍVEL E ORNAMENTADO POR NUANCES ECTOPLASMÓTICAS; UMA TRANSITÓRIA PAZ ESPASMÓDICA TALHADA EM SUAVES TONS MACIOS DE VERDE PÁLIDO DA PRIMAVERA, ESPECTROS DE TURQUESA, PÚRPURA E LINHO, DELICADAMENTE FLUINDO EM TORRENTES DE INTERPOSIÇÕES SOMBRIAS DE HORTELÃ, ÍNDIGO, FULIGEM, ESMERALDA, CIANO E TONS FOSCOS DE DAMASCO.
PAIRANDO SOBRE A RAREFEITA ATMOSFERA, CAMADA ÁUREA ENEVOADA POR INOPINADAS FAGULHAS DE TEMPO, PORTADORAS DE TREMELUZENTES E OSCILANTES FLASHBACKS EM UM INCONFUNDÍVEL PADRÃO DE TEXTURAS SOTURNAS;
FLUTUE PARA DISTANTES GALÁXIAS, SUPERNOVAS, ESTARIA VOCÊ, PERSONIFICAÇÇÃO DE MEU REFLEXO, AGORA EM SÍRIUS OU NA NEBULOSA DO OLHO DE GATO?
EM REMOTAS PINTURAS FLUORESCENTES OCLUSAS E NODOADAS POR DENSAS INFLAMAÇÕES DE MEU PASSADO, RETRATOS DESABOTOANDO ETÉRAS PORTAS CONDESCENTES E EFÊMERAS;
SIMPLESMENTE, CONTENHA ESSE EFLÚVIO; SIMPLESMENTE, DESPRENDA, EXTINGUA, ERRADIQUE O PÚTRIDO E ESPESSO LÍQUIDO, SEMI-SÓLIDO, AMBIDESTRO PARA TRANSCREVER CATÁSTROFES E ANIQUILAR COM UM SIMPLES PENSAMENTO;
ACORDE, ACORDE E VEJA, ATRAVÉS DE UM SUBTERFÚGIO INÓCUO, A URGÊNCIA POR UM PREENCHIMENTO EMOTIVO QUE SE ESVAI NA DOCE NÉVOA, SE SOBRESSAI NAS SINUOSAS RAÍZES QUE LIGAM AS CONEXÕES PERDIDAS E DESNECESSÁRIAS, E OS LAÇOS IMAGINÁRIOS, PORÉM TÃO TANGÍVEIS.
APENAS, UM TRANSPASSO CONDESCENDENTE, A AMPERAGEM FRÍVOLA DE ILÍCITAS REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DISTORCIDAS, E ESVAECENDO SUTILMENTE, POUCO A POUCO, COMO UMA CHAMA DE CANDELABRO, ARDENTE E LÂNGUIDA, ESTREMECENDO EM UM ÚLTIMO SOPRO FATAL, SUBVERTIDA POR UM BELIGERANTE E AINDA ASSIM PACÍFICO BURACO NEGRO, NA IMENSIDADE TACITURNA DE UM AMANHECER INEXISTENTE.
POR QUE, ENTÃO, RASCANTES GOTAS DE ACRIMÔNIA, PINTAM O CÉU COM SUA SURGENTE SUAVILOQÜÊNCIA, DANÇAM EM ACORDES MUSICAIS DE INCOMPARÁVEL MELODIA SINFÔNICA, APENAS PARA O ESPETÁCULO PROSAICO DE MAIS UM TÉRMINO CICLO SER MINUCIOSAMENTE OBSERVADO POR UM PAR JUSTAPOSTO DE OLHOS LACRIMOSOS?...
Hovering upon the rarefied atmosphere, aureate stratum misty by unforeseen time sparks, a shimmering and flickering flashback conveyer, in an unmistakable sullen texture pattern;
Fluctuate to distant galaxies, supernovas, would you be, embodiment of my emotional reflexion, now in Sirius or in the Cat’s Eye nebula?
In remote fluorescent paintings, occluded and stained by the thick past suppuration of mine, portraits unbuttoning ethereal doors, condescending and transient;
Just, contain this exhilarant effluvium; just, release, loosen, extinguish, eradicate the putrid and dense liquid, semi-solid, ambidextrous to transcribe catastrophes and annihilate just like a simple thought;
Wake, wake up and see, beyond an innocuous and uncouncious subterfuge, the urge for an emotive filling that fades in the sweet haze, protrudes in the sinuous roots that links unnecessary and lost connections, and the imaginary bonds, nevertheless too tangible.
Simply, a compliant transposition, the frivolous amperage of illicit blueprints, distorted in their majesty, vanishing little by little, as well as a candelabrum flame, blazing though languid, trembling in a last deadly breath, subverted by a belligerent yet peaceful black loophole, in the taciturn immensity of one more non-existent dawn;
Why, then, rasping acrimony droplets, you paint the sky with your insurgent leniency, you dance in musical chords of unparalleled melodic symphony, alone for a prosaic spectacle of another terminal cycle to be thoroughly observed by a juxtaposed pair of lachrymose eyes?...
The original thing:
NA INÉRCIA DE UM MOMENTO LÚGUBRE, NA SEDIMENTAÇÃO DE SUPERFÍCIES SOBREPOSTAS EM TONS AQUARELA, JAZ UMA PARTÍCULA ATÔMICA INDOLENTE QUE ESMORECE EM MAIS UM DIÁRIO E EFÊMERO, SERENO PÔR-DO-SOL, APENAS PRESENTE PARA DESAPARECER, SUBMERGIR, SER ENGOLIDO POR UM HORIZONTE INFLEXÍVEL E ORNAMENTADO POR NUANCES ECTOPLASMÓTICAS; UMA TRANSITÓRIA PAZ ESPASMÓDICA TALHADA EM SUAVES TONS MACIOS DE VERDE PÁLIDO DA PRIMAVERA, ESPECTROS DE TURQUESA, PÚRPURA E LINHO, DELICADAMENTE FLUINDO EM TORRENTES DE INTERPOSIÇÕES SOMBRIAS DE HORTELÃ, ÍNDIGO, FULIGEM, ESMERALDA, CIANO E TONS FOSCOS DE DAMASCO.
PAIRANDO SOBRE A RAREFEITA ATMOSFERA, CAMADA ÁUREA ENEVOADA POR INOPINADAS FAGULHAS DE TEMPO, PORTADORAS DE TREMELUZENTES E OSCILANTES FLASHBACKS EM UM INCONFUNDÍVEL PADRÃO DE TEXTURAS SOTURNAS;
FLUTUE PARA DISTANTES GALÁXIAS, SUPERNOVAS, ESTARIA VOCÊ, PERSONIFICAÇÇÃO DE MEU REFLEXO, AGORA EM SÍRIUS OU NA NEBULOSA DO OLHO DE GATO?
EM REMOTAS PINTURAS FLUORESCENTES OCLUSAS E NODOADAS POR DENSAS INFLAMAÇÕES DE MEU PASSADO, RETRATOS DESABOTOANDO ETÉRAS PORTAS CONDESCENTES E EFÊMERAS;
SIMPLESMENTE, CONTENHA ESSE EFLÚVIO; SIMPLESMENTE, DESPRENDA, EXTINGUA, ERRADIQUE O PÚTRIDO E ESPESSO LÍQUIDO, SEMI-SÓLIDO, AMBIDESTRO PARA TRANSCREVER CATÁSTROFES E ANIQUILAR COM UM SIMPLES PENSAMENTO;
ACORDE, ACORDE E VEJA, ATRAVÉS DE UM SUBTERFÚGIO INÓCUO, A URGÊNCIA POR UM PREENCHIMENTO EMOTIVO QUE SE ESVAI NA DOCE NÉVOA, SE SOBRESSAI NAS SINUOSAS RAÍZES QUE LIGAM AS CONEXÕES PERDIDAS E DESNECESSÁRIAS, E OS LAÇOS IMAGINÁRIOS, PORÉM TÃO TANGÍVEIS.
APENAS, UM TRANSPASSO CONDESCENDENTE, A AMPERAGEM FRÍVOLA DE ILÍCITAS REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DISTORCIDAS, E ESVAECENDO SUTILMENTE, POUCO A POUCO, COMO UMA CHAMA DE CANDELABRO, ARDENTE E LÂNGUIDA, ESTREMECENDO EM UM ÚLTIMO SOPRO FATAL, SUBVERTIDA POR UM BELIGERANTE E AINDA ASSIM PACÍFICO BURACO NEGRO, NA IMENSIDADE TACITURNA DE UM AMANHECER INEXISTENTE.
POR QUE, ENTÃO, RASCANTES GOTAS DE ACRIMÔNIA, PINTAM O CÉU COM SUA SURGENTE SUAVILOQÜÊNCIA, DANÇAM EM ACORDES MUSICAIS DE INCOMPARÁVEL MELODIA SINFÔNICA, APENAS PARA O ESPETÁCULO PROSAICO DE MAIS UM TÉRMINO CICLO SER MINUCIOSAMENTE OBSERVADO POR UM PAR JUSTAPOSTO DE OLHOS LACRIMOSOS?...
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