Sinceridade, transparência e empatia

Uma faca de dois gumes
Em cada gume uma goma
Mascada que nem os sentimentos não-recíprocos
De um bagaço que representa o poroso axioma do Universo 
Metade de uma laranja é menor que uma inteira, mas ainda assim
Toda a respiração inspirada nos bronquíolos não pode ser compactada
Nem sequer
Em uma antologia pseudo-poética
É necessário, portanto, aceitar o fim quando ele chega.

O Rei do Mundo é o Rei da Queda
Anancástico, talvez

Meu tédio é uma Zona Hadal
Abaixo do que é considerado bem ou mal
Com rimas incompletas e uma inexistência aconchegante, embora ausente de almofadas
Almofadadas com espinhos, minhas mãos ensangüentadas

Sinceridade, transparência e empatia
Um canivete de um milhão de utilidades
Preso em um link quebrado na Deep Web

Um hole bearer
Foraminífero
Protista amebóide
Mora dentro
Fora
Nas diagonais
E recantos inquietos
De tudo aquilo
Que eu não sou
Ainda assim, mais do que nunca, já sendo.


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