Só eu?
Na cidade
(no mundo)
É quem atenta nelas,
Na sua história anônima,
Escondida?
Sou um exemplo vivo
De homem trans que não se cala
A indecisão me completa
Não sou pauta
Mas ainda assim
Tenho uma caneta
E uma parede
Para dizer o quanto te odeio
A pungente beleza
De um grito rouco
Barítono e soprano
Não coloque objetos
No vaso de flores
Não pise na grama do vizinho
Mas corte a sua própria grama
Para construí-la
Em bordeaux esverdeado
Em aquarela
É o caminho que vai além de quem o habita em gestos de insurgência, vicissitude e leveza.
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